"A morte não anda por aí como se fosse algo exterior a nós. A nossa morte nasce connosco, nasce quando nós nascemos, levamo-la dentro, e durante esse tempo é apenas isso, morte. Até que chega o dia em que, ao tomar um nome (o nome da doença de que vamos morrer, por exemplo) se torna numa presença. A nossa «vingança», para chamar-lhe assim, é que essa morte não matará a ninguém mais, morrerá connosco."
José Saramago
Fundação José Saramago
Ao ler estas palavras do José Saramago, fez-me pensar que fazem todo sentido quando nascemos o único que trazemos como garantido é a nossa própria morte, mas por mais estranho que pareça quando somos novos nunca pensamos nela, vamos crescendo, ficando adultos e só nessa altura pensamos que os nossos pais estão a ficar velhos é que um dia podemos ficar sem eles, nesse dia sentiremos a dor de perder alguém… mas a nossa própria morte é vista como algo muito longínquo, que só poderá ter uma visita antecipada através de uma doença… caso contrário nem pensamos nela.
Eu quando era miúda dizia que gostava de morrer nova, hoje passados uns valentes anos digo que não sei nem penso muito no assunto, só espero saber aceitar a morte como algo natural , como: comer, dormir, nascer… afinal aceitemos ou não, tudo acaba.
7 comentários:
Foi uma grande perda para Portugal :(
Confesso que nunca li nenhum livro de Saramago, apenas algumas linhas.
Mas de facto, este homem tinha bastante carisma e parecia-me alguém de fortes convicções, que sabia muito bem o que dizia e porque o dizia.
Paz á sua Alma!
Tenho livros de Saramago que comprei para os meus filhos, eu ainda não li nenhum -uma vergonha-mas vou ler.
Admirava muito o José Saramago. Foi uma grande perda :(
Beijinhos
Esse texto está absolutamente verdadeiro, brutal, incomentável.
Como disse alguém, Saramago levou as palavras todas...
Quanto à perda do Saramago, não vou ser hipócrita: não gostava dele e mantenho a opinião.
Tens a certeza que as palavras são de Saramago? Têm tanta pontuação...
Quanto ao tema da morte, prefiro as palavras do Robbie William, numa canção:
Não tenho medo de morrer, simplesmente não me apetece!
Beijocas!
Como leitora dos seus livros claro que fiquei muito triste e é sobretudo uma perda irreparável para a nossa literatura...
bjs
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